Sérgio Vaz, o poeta da Periferia


A poesia na vida de Sérgio Vaz sempre foi constante e presente. Nem por isso o acompanha desde moleque. Começou a escrever com vinte anos e hoje, aos trinta e nove, continua viciado e assume esse vício com prazer.
As poesias de Sérgio Vaz muitas vezes são duras, lembram, quase sempre, as letras do rap, ritmo tão difundido e admirado nos guetos. Outras vezes é aveluda, doce, quase melada. Quase sempre, porém, sua poesia é uma bandeira a favor do inconformismo, um soco no estômago dos indiferentes. Mas uma marca que é própria de Sérgio Vaz é que sempre sua poesia é verdadeira.
Sérgio Vaz chega a ser ingênuo porque acredita de verdade nas suas utopias (palavra tão pecaminosa nos dias de hoje). É talvez por isso que tantas pessoas se identificam com suas poesias e com o seu jeito de ver a vida.
Acreditar. Essa é uma palavra que deveríamos aplicar com mais freqüência em nossas vidas. O trabalho de Sérgio Vaz só existe porque ele acredita no que faz e escreve. É por gente como ele que ainda tenho certeza que a realidade pode não ser como queremos, mas o nosso mundo é como o fazemos.